segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Para as sentimentalóides..

Parte do roteiro de "Bonequinha de Luxo", o texto já fala por si.

paul- HOLLY, I'M IN LOVE WITH YOU.
holly- SO WHAT?
paul- SO WHAT? SO PLENTY! I LOVE YOU. YOU BELONG TO ME.
holly- NO. PEOPLE DON'T BELONG TO PEOPLE.
paul- OF COURSE THEY DO.
holly- NOBODY'S GOING TO PUT ME IN A CAGE.
paul- I WANT TO LOVE YOU.
holly- IT'S THE SAME THING.
paul- NO, IT'S NOT! HOLLY!
holly- I'M NOT HOLLY. I'M NOT LULA MAE, EITHER. I DON'T KNOW WHO I AM! I'M LIKE CAT HERE, A NO-NAME SLOB. WE BELONG TO NOBODY, AND NOBODY BELONGS TO US. WE DON'T EVEN BELONG TO EACH OTHER.
[...]
paul- YOU KNOW WHAT'S WRONG WITH YOU, MISS WHOEVER-YOU-ARE? YOU'RE CHICKEN. YOU GOT NO GUTS. YOU'RE AFRAID TO SAY,"O.K., LIFE'S A FACT."
PEOPLE DO FALL IN LOVE.
PEOPLE DO BELONG TO EACH OTHER,
BECAUSE THAT'S THE ONLY CHANCE ANYBODY'S GOT FOR REAL HAPPINESS. YOU CALL YOURSELF A FREE SPIRIT, A WILD THING. YOU'RE TERRIFIED SOMEBODY'S GOING TO STICK YOU IN A CAGE. WELL, BABY, YOU'RE ALREADY IN THAT CAGE. YOU BUILT IT YOURSELF.AND IT'S NOT BOUNDED BY TULIP, TEXAS, OR SOMALIA IT'S WHEREVER YOU GO. BECAUSE NO MATTER WHERE YOU RUN,YOU JUST END UP RUNNING INTO YOURSELF

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Elizabeth Bennet




Eu sei que ela não se enquadra exatamente nos requisitos de mulher que mudou a história, considerando que ela é uma personagem fictícia, mas mesmo assim Lizzie foi muito importante para mim assim como acredito que tenha sido para muitas de vocês que leram Orgulho e preconceito.

Orgulho e Preconceito é um livro da inglesa Jane Austen. Foi publicado pela primeira vez em 1813 apesar de já estar terminado desde 1797. O livro é um retrato realista e irônico da sociedade inglesa no século XIX e Elizabeth Bennet é uma de suas personagens centrais. No livro ela é a segunda das cinco filhas do casal Bennet e tem de conviver desde o início do livro com a constante pressão da mãe para que case logo, e bem.

Dona de uma beleza diferente e não tão óbvia quanto a de sua irmã, ela é primeiramente rejeitada por Mr. Darcy. A partir do momento que ela o escuta desdenhando de sua beleza, Lizzie passa a nutrir por ele forte desprezo crendo que ele fosse um homem esnobe e pretensioso. Ao longo do livro, após diversos percalços, Lizzie finalmente descobre a verdadeira personalidade de Mr. Darcy.

O que mais gosto nessa personagem é sua independência. Elizabeth Bennet é uma pessoa singular em sua época ao deixar de se preocupar com o que era considerado essencial. A ela devemos as tiradas mais sagazes do livro e as falas com ironia mais fina e mesmo apesar de toda sua inteligência ela ainda é vulnerável. Mesmo sendo racional, ou talvez por ser racional demais, ela ainda é suscetível a erro e a conclusões precipitadas. Eu me identifico muito com ela, pois costumo julgar as pessoas rapidamente e demoro a mudar de opinião.

Acredito que esse tenha sido o maior impacto de Lizzie em suas leitoras: força para ser independente de padrões e convenções morais de determinada época, força para investir em cultura e para não ter vergonha de expressar suas idéias (por mais controversas que sejam) e principalmente força para reconhecer quando está errada.

Se você não leu o livro eu garanto ser uma leitura agradável e garanto que você vai terminar o livro completamente apaixonada por Mr. Darcy. Se você não é uma pessoa que gosta de ler eu indico a adaptação para o cinema dirigida por Joe Wright. A atuação de Keira Knightley e de Matthew Macfadyen está fiel e realça a negação que os personagens viviam quanto a seus sentimentos. Eu sigo apaixonada por Mr. Darcy e me espelhando cada dia mais em Elizabeth Bennet.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Marie Antoinette

Bom , como é o primeiro post, acho justo fazer antes uma pequena apresentação do blog. Eu queria ter um espaço aqui pra poder dividir coisas que me interessam: moda, livros, filmes, música e o dia-a-dia em geral. Mas principalmente eu queria poder dividir meu grande interesse em torno de grandes personalidades femininas que marcaram épocas e costumes e cujas atitudes modificaram nossa maneira de pensar.


Acho que nada melhor então para estrear o blog do que um post sobre Marie Antoinette. Afinal ela foi a figura que marcou o luxo e a decadência da mais forte dinastia do Antigo Regime. Ela era uma mulher excepcional que foi injustamente tida por fútil e ignorante. Que atire a primeira pedra, aquela de nós que nunca foi mal interpretada e eventualmente tachada de fútil.

Marie Antoinette era a caçula de uma prole de 16 filhos do casal de imperadores do Sacro Império Romano Germânico. Como era costume na época, seu casamento foi principalmente para fins políticos com o objetivo de apaziguar antigas tensões entre a dinastia dos Habsburgos, a qual pertencia, e a dos Bourbons, a qual pertencia seu noivo Luís Augusto. Ambos se casaram adolescentes, respectivamente aos 14 e 15 anos de idade. Eu imagino estar casada nessa idade, com um homem que eu nunca tinha visto e que era retraído e rotulado como estranho. Eu acho que eu ia fazer o que ela fez, me rebelar.

Nos primeiros anos vivendo na corte Marie viveu todo o luxo que sua posição na nobreza podia oferecer. Era sempre presente em teatros e bailes e seus complexos vestidos, a vasta coleção de sapatos e perucas causavam furor em Paris. O fato dela gastar muito dinheiro em coisas que não eram essenciais enquanto o povo francês passava fome lhe rendeu o apelido de Madame Deficit e a grande dificuldade que o casal teve em reproduzir herdeiros ao trono também foi motivo de deboche e impopularidade na corte.

Em 1778, oito anos após casar-se com Luís XVI, Marie deu à luz a sua primeira filha e foi quando recebeu de presente do Rei o “petit Trianon” (um pequeno palácio nas imediações de Versailles que virou o novo refúgio da rainha). A materninde parece ter trazido paz a Marie que então se tornou uma pessoa mais simples, mas a opinião pública nunca perdoou seus gastos dispendiosos. Em 1781 ela finalmente teve seu primeiro filho homem e em 1785 e 1786 teve mais dois filhos, respectivamente um menino e uma menina.

Quando a crise econômica atingiu proporções descontroladas o descontentamento do povo com as ações da nobreza levaram a Revolução Francesa. Durante a Revolução Marie Antoinette foi mostrada ao publico como a principal culpada da crise e sua face respresentava o luxo de um sistema que não cabia mais no contexto da França. Em 1789 ela foi detida junto com a família real, em 1792 a família tentou fugir mas foram reconhecidos e em 1793 Luís XVI e Marie Antoinette foram mortos na guilhotina.

Antes de ser morta, a França viu uma sombra da antiga rainha, uma mulher envelhecida e cansada, ser submetida a julgamento. Entre os vários testemunhos contra a Rainha foi ouvido um sapateiro que afirmou que Marie teria submetido, durante o cativeiro, seu filho mais novo a atos incestuosos. A acusada reagiu com indignação: "A natureza se recusa a permitir tal acusação feita a uma mãe. Eu apelo a todas as mães que porventura aqui estiverem". E, em um dos últimos momentos de sua vida, conseguiu atingir parte da população e melhorar um pouco a sua imagem. Foi levada para guilhotina como cidadã comum em uma carroça e mesmo assim manteve sua dignidade e austeridade durante o trajeto para a morte.

O que eu mais simpatizei nela foi o deslumbre que eu acredito que a corte francesa tenha tido sobre ela em um primeiro momento, eu acho que nós somos constantemente deslumbrados pelo luxo e pompa que o dinheiro pode trazer e as vezes podemos perder a noção das nossas ações ou ,no caso, dos nossos gastos. Outra coisa que eu gosto na história dela é a rotulação que ela recebeu de ser fútil. Até entendo que o termo “fútil” ande constantemente ligado aqueles considerados consumistas mas não consigo entender porque isso tornaria uma pessoa ignorante. Porque que toda “patricinha” é necessariamente burra?

Ainda hoje ela tá muito presente e, em partes graças ao filme de Sofia Coppola (http://www.sonypictures.com/homevideo/marieantoinette/), é um ícone de luxo e principal representante da moda de uma geração. Aqui vão alguns títulos de obras sobre ela que podem interessar: Maria Antonieta por Antonia Fraser; Maria Antonieta - a última rainha da França por Evelyne Lever e Rainha da moda - como Maria Antonieta se vestiu para a revolução por Caroline Weber.